Um trabalho de propagação de mudas de capim está obtendo bons resultados, com a geração de renda para agricultores familiares e a melhoria da alimentação do rebanho bovino, na região Central de Minas Gerais. Tudo começou há quatro anos, quando o técnico da Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em Cordisburgo, Ronaldo Teixeira da Rocha, participou de um treinamento na Embrapa Gado de Leite, em Coronel Pacheco.
Na ocasião, ele conheceu uma nova cultivar de capim elefante, a BRS Capiaçu, desenvolvida no centro de pesquisa. Como na região onde trabalha tem um grande número de agricultores familiares que investem na pecuária, principalmente a leiteira, o técnico da Emater-MG recebeu, como doação dos pesquisadores, alguns feixes de muda do capim para que os produtores fizessem a multiplicação em canteiros.
“Em Cordisburgo, a propagação começou com três produtores. Cada produtor que recebia gratuitamente as mudas para propagação se comprometia a fazer uma doação de mudas para outros pecuaristas da região”, explica o técnico da Emater-MG.
Hoje são cerca de 110 produtores, em 14 municípios da região, que plantam a cultivar. A área estimada com capineiras da Capiaçu passa de 70 hectares. De acordo com a Embrapa, o capim proporciona alta produção de forragem para o gado, na forma de silagem ou picado verde. Ele tem porte alto, acima de quatro metros, e se destaca pelo valor nutritivo.
“Ele tem um percentual de proteína maior e a produtividade mais elevada em relação a outros capins elefantes, com a presença de massa verde por um período maior”, detalha Rocha.